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Inhotim lança segunda edição do festival de música Jardim Sonoro em julho

Festival de música será realizado nos dias 11, 12 e 13 de julho com shows em palcos inéditos integrados ao acervo do museu

Inhotim lança segunda edição do festival de música Jardim Sonoro em julho -  (crédito: Uai Turismo)
Inhotim lança segunda edição do festival de música Jardim Sonoro em julho - (crédito: Uai Turismo)
Inhotim lança segunda edição do festival de música Jardim Sonoro em julho (Mônica Salmaso, Tetê Espíndola e Djuena Tikuna, respectivamente. Artistas que estão no Line Up do Festival Jardim Sonoro, que acontecerá no Instituto Inhotim em junho (Foto: Divulgação))

O Instituto Inhotim realiza a segunda edição do Jardim Sonoro, festival que integra música à experiência única em arte contemporânea e natureza. Após o sucesso da estreia em 2024, o evento retorna nos dias 11, 12 e 13 de julho, com curadoria centrada em uma pesquisa sobre a voz em suas dimensões musicais, políticas e poéticas. O o é gratuito para quem está no parque (mediante o pagamento do ingresso para entrar no Inhotim).

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Este ano, o festival mergulha na temática da voz como instrumento polissêmico, que não se limita apenas ao seu som, mas se expande como manifesto, ativismo, fala, ritmo, instrumento, canto e expressão. A programação destaca artistas com vozes marcantes, diversas e, sobretudo, pessoas que vocalizam narrativas de nosso tempo, conectadas ao interesse da instituição de promover debates no âmbito da arte, natureza e da educação. O resultado é um território plural de sons, instigante e imersivo, que contará com Djuena Tikuna (AM), Luiza Brina (MG), Mônica Salmaso (SP), Cécile McLorin Salvant (EUA), Josyara (BA), Tetê Espíndola (MS), o grupo Ilê Aiyê (BA) e a multiartista Brisa Flow (MG).

“Nesta edição, temos um foco não exclusivo, mas muito dirigido, para a ideia do canto. Trouxemos vozes que estão presentes no campo da música e da arte e conectadas com a nossa programação do ano. Estamos falando de uma voz que não só lírica, da crônica ou da narrativa, mas de uma pesquisa em torno da voz e o dizer do canto, que pode existir de muitas maneiras”, comenta a diretora artística do Inhotim, Júlia Rebouças, que divide a curadoria com Marilia Loureiro.

Com o objetivo de aprofundar a integração entre a música e o acervo artístico e botânico do museu, o Jardim Sonoro será em dois novos espaços: o Palco Desert Park, localizado junto à obra Desert Park (2010), de Dominique Gonzalez-Foerster, em meio à vegetação exuberante do parque, próximo à Galeria Adriana Varejão, Galeria Galpão e ao Vandário; e o Palco Piscina, posicionado nas proximidades da obra Piscina (2009), de Jorge Macchi, que oferece uma atmosfera mais intimista e contemplativa, que conta, em seu entorno, com as obras de Chris Burden, Marilá Dardot e Rirkrit Tiravanija. Essas áreas, nunca antes utilizadas para shows, proporcionam uma vivência nova aos visitantes e estão diretamente ligadas ao propósito do festival, que é o de complementar a experiência da pessoa visitante com música.

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“Desta vez, apresentamos palcos em áreas descentralizadas do Inhotim, para que a pessoa visitante tenha uma experiência diferente do ano ado. Os palcos Piscina e Desert Park oferecem a possibilidade de outros percursos físicos e sensíveis, que integram a curadoria musical do festival a um entorno específico de obras, arquitetura e natureza.””, complementa Júlia Rebouças.

Programação musical

Para abrir o Jardim Sonoro, na sexta-feira (11), a “voz manifesto” de Djuena Tikuna, cantora e ativista indígena, do povo Tikuna, no Alto Solimões, com uma trajetória marcada pela valorização e difusão dos cantos tradicionais de seu povo. Sua obra se conecta diretamente às questões levantadas ao longo do ano pelo Inhotim, especialmente à inauguração recente da Galeria Claudia Andujar | Maxita Yano e à exposição de Edgar Calel, anunciada para o segundo semestre. Seu show Torü Wiyaegü é um verdadeiro ritual que nos conecta ao universo cultural do povo Tikuna. O espetáculo é dividido em “Cantos da Origem”; “Worecütchiga” (canções referentes ao ritual Worecü); “Cantoria dos Bu’e” (das crianças) e, por fim, os “Cantos de Resistência”.

No sábado (12), a música começa com a vibrante Luiza Brina, cantora, compositora e arranjadora. Por ser mineira, ela traz forte conexão com o território do Inhotim e apresenta o show de seu disco “Prece”, que tem uma natureza coletiva, de muitas vozes. No palco, Luiza leva canções que são como orações em busca do sagrado. Em seguida, o público poderá ouvir Mônica Salmaso, uma das mais respeitadas intérpretes da música brasileira, pesquisadora do cancioneiro nacional, que transita com naturalidade entre diferentes estilos da música brasileira. Encerrando o dia, a premiada cantora norte-americana Cécile McLorin Salvant, considerada “uma voz única sustentada por inteligência e musicalidade plena”, representa uma cena contemporânea e experimental do jazz e apresentará um show minimalista de voz e piano.

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O domingo (13) abre com a baiana Josyara, cantora, compositora, instrumentista e produtora musical, que traz em suas composições um olhar sensível sobre seu cotidiano, construindo uma voz potente e singular dentro da nova geração da música brasileira. Além da banda, Josyara sobe ao palco com seu violão percussivo, a base e o diferencial tanto das canções autorais, como das releituras de outras compositoras rearranjadas e interpretadas por ela. Em seguida, sobe ao palco Tetê Espíndola, figura já consagrada e que mantém uma pesquisa sobre a música do cerrado, cuja sonoridade transita entre a arte e a natureza. A apresentação do grupo Ilê Aiyê, o primeiro bloco afro do Brasil, marca um momento de celebração da força, da ancestralidade e da luta das vozes negras, com seu repertório de afirmação política e cultural. No palco, elementos da ancestralidade africana, guardados pelos Terreiros de Candomblé, sustentam a dança afro do Ilê, fundamentada no Ijexá. Para fechar o festival, a multiartista indígena Brisa Flow. Seu mais recente álbum, Janequeo, fala de amor, coragem e autonomia. No Jardim Sonoro, ela apresenta uma discotecagem contemporânea, experimental e pensada para o Inhotim.

Jardim Sonoro

Jardim Sonoro é um festival que celebra a fusão entre a arte, a natureza e a música. É realizado desde 2024 e propõe oferecer às pessoas visitantes novas camadas de experiência pelos espaços do museu. Por não ser um festival de um gênero específico, responde a muitas linguagens musicais e, a cada ano, busca singularidades que enriquecem a experiência da instituição. O projeto reafirma o Inhotim como um espaço de encontro, criação e experimentação e se conecta, em suas edições, ao propósito do programa artístico da Instituição no ano.

“A nossa ideia é que este festival se conecte ao Inhotim de modo radical. Isso acontece, em um primeiro momento, com o line-up de vozes em meio à arte e à natureza, mas também há um desejo de que ele reverbere os debates atuais, a pesquisa curatorial, o programa de educação e os diálogos que estamos promovendo ao longo do ano. Em 2025, temos falado, enquanto instituição, de território, de povos originários e da reinvenção de nossas relações com a natureza. As vozes do festival também ressoam esses caminhos e a urgência desses temas”, finaliza Júlia.

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O Festival Jardim Sonoro tem a Vale como Mantenedora Master, Parceria Estratégica da Cemig, Patrocínio Master da Shell, Patrocínio Prata da B3 e Patrocínio Bronze do Banco Mercantil por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais e da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Jardim Sonoro – Festival de Música Inhotim (2ª edição)

Datas: 11, 12 e 13 de julho de 2025
o gratuito para quem estiver no Inhotim (mediante pagamento de entrada no Parque).

Programação Musical

Sexta-feira, 11 de julho
15h
– Djuena Tikuna

Sábado, 12 de julho
11h
– Luiza Brina
13h – Mônica Salmaso
15h – Cécile McLorin Salvant

Domingo, 13 de julho
11h
– Josyara
13h – Tetê Espíndola
15h – Ilê Aiyê
16h – Brisa Flow

Para mais informações e o site.

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Uai Turismo
Iolanda Loiola - Uai Turismo
postado em 09/06/2025 12:46
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