
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovações, Luciana Santos, foi uma das autoridades que compareceram, nesta terça-feira (10/6), ao evento promovido pelo Correio Braziliense, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em homenagem a Assis Chateaubriand. Antes de assistir ao musical Chatô & os Diários Associados — 100 anos de paixão, Luciana refletiu sobre a contribuição do fundador do Correio e o atual cenário da comunicação no país.
“Assis Chateaubriand, sem dúvida, foi um homem visionário. A gente deve ao sistema de comunicação brasileira, a sua astúcia, a sua capacidade de escrever e a sua visão política de ser alguém que tinha trânsito pela capacidade de produção de textos, pela capacidade de analisar não só fatos, mas também a realidade política”, afirmou a ministra.
Ela também pontuou a importância de reconhecer Chateaubriand como figura essencial na estruturação do sistema privado de mídia no Brasil, ressaltando que, apesar da diversidade de modelos — público, privado e estatal — previstos na Constituição, foi a iniciativa dele que pavimentou boa parte do caminho trilhado pela comunicação no país.
“Do ponto de vista da construção de um sistema privado, ele sem dúvida foi determinante para que a gente tivesse o que a gente tem”, disse Luciana. Ao mesmo tempo, ela destacou que os desafios da comunicação mudaram com os tempos, principalmente diante do impacto das tecnologias digitais.
“A comunicação continua sendo estratégica, sendo que agora os meios de comunicação, eles se multiplicaram, principalmente por conta do fenômeno da internet, do smartphone e de todas as suas plataformas.”
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A ministra chamou atenção para o risco da manipulação de ideias por algoritmos e alertou sobre o papel crescente das big techs na produção e distribuição de informações. Para ela, resgatar o bom jornalismo é fundamental para enfrentar os desafios da atualidade.
“Alguns desafios são antigos, outros novos, mas é da manipulação das ideias, dos algoritmos que são […]. Então eu acho que o bom jornalismo precisa ser resgatado”, afirmou. “Entre erros e acertos, nessa trajetória toda, deixou um legado brasileiro, e que também é o que eu quero destacar.”
Luciana finalizou a fala destacando o valor da memória histórica do sistema de comunicação nacional e o papel decisivo de Assis Chateaubriand nesse processo. “A memória do sistema de comunicação brasileiro com toda a pujança que o nosso sistema de comunicação tem no país, inclusive nessa parte privada que foi, sem dúvida nenhuma, o papel fundamental que Assis Chateaubriand percorreu.”