
O executivo de Relações Institucionais da Prio, maior empresa independente de óleo e gás do Brasil, Francisco Bulhões, ressaltou a importância de um diálogo equilibrado entre as demandas ambientais, a competitividade econômica e a segurança jurídica no Brasil. Com ênfase na complexidade da agenda tributária e ambiental, ele elogiou o Congresso Nacional pela coragem em enfrentar temas delicados e destacou o papel estratégico do Brasil na geopolítica mundial, sobretudo no setor energético.
“É fundamental que o país preserve sua competitividade sem abrir mão do compromisso com a sustentabilidade e a governança ambiental”, afirmou Bulhões, ao destacar que o Brasil já tem avançado no debate climático e energético em fóruns internacionais. Ao participar do evento Brasil em Transformação: a mineração no Brasil e no exterior, realizado hoje pelo Correio, ele enfatizou a necessidade de regras claras e seguras para o setor produtivo, em especial nas áreas de petróleo e gás, essenciais para a geração de emprego e arrecadação pública.
Bulhões destacou ainda os números do setor de petróleo e gás no país, que nos últimos 15 anos injetou US$ 2,6 trilhões em royalties, impostos e participações, além de gerar mais de 1,5 milhão de empregos diretos. “Este setor transformou estados e cidades brasileiras, ajudando a financiar educação, saúde e infraestrutura”, lembrou.
Responsabilidade
Também alertou para os desafios impostos pela instabilidade global e as tensões geopolíticas, que exigem do Brasil uma postura estratégica e responsável. Ele criticou ainda posicionamentos que podem comprometer a exploração de recursos naturais, citando o recente acordo do Brasil com a França para reduzir a exploração de petróleo offshore, mas ressaltou a importância de manter a produção diante da demanda global prevista até 2070.
“Não podemos perder de vista que o petróleo brasileiro é um dos menos poluentes e mais competitivos do mundo”, completou. Para ele, o debate sobre o imposto seletivo e outras reformas tributárias deve considerar a relevância dos insumos para o desenvolvimento nacional e a manutenção da competitividade internacional.
Por fim, Bulhões conclamou a continuidade dos debates com responsabilidade e diálogo, lembrando que o petróleo está profundamente integrado à vida econômica do país e que o Brasil precisa respeitar o meio ambiente sem perder seu ritmo de crescimento sustentável.
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